Bail na mão e coisas fofas

Como sabem alguns e como bem reparou dona Ju no meu timeline, sim, assinei meu bail anual! Quis papai do céu que fosse no prédio em que já estou. Isso mesmo, após tomar diversos nãos em vários bairros distintos eu perguntei aqui no prédio como quem não quer nada e ouvi da concierge um "vou confiar em você". Gente, após sofrer com a falta de histórico e exigências loucas foi um alívio! E simplesmente estou morando e continuarei morando a partir de agosto em Westmount. O bairro é ótimo e estou na divisa dele com a região central. Estou do lado de 2 metrôs da linha verde, protegidinha no inverno, conveniente, do lado de coisas que são 24 horas... enfim! Só posso desejar sorte igual a quem vem. Aliás, quem vier com algum dindim a mais (pois aqui é mais caro que o que a gente planeja) me avisem, pois a concierge teve boas relações com brasileiros, nos adora, confia na nossa integridade e o prédio é grande, tem vaga o ano inteiro.

Junto com essa notícia boa vem várias pequenas bobagens, como perceber que já tenho uma cafeteria favorita, que já ajudo as pessoas na rua com endereços e direções, que me passo por québécois pra franceses e de francesa pra todo o resto do povo! E já tenho um singelo aparato de casa, coisas como torradeira (10 dólares aqui!!), loucinha, panelas, talheres e que já relaxo ao ver o meu prediozinho se aproximando, me sentindo vraiment chez moi!

Aliás, ao comprar minha loucinha, foi engraçada a honestidade da vendedora, pedindo pra eu ter cuidado que, como custava só 20 dólares o jogo de 16 peças, eu devia ter atenção ao fato de que a qualidade não era lá essas coisas. Achei o máximo, agradeci e disse que estava bom pra começar. Daí ela me mostrou panelas no esquema BBB e quando a colega veio me mostrar coisas mais caras ela disse tout simplement:
_ Ela não pode gastar com esse tipo de coisa agora, não está no orçamento de um recém-chegado.
Ela foi uma fofa e quem quiser dicas eu dou. Aliás, descobri essa lojinha graças a Bea.

Enfim, as coisas estão bem legais nessa terra por enquanto nada gelada. A gente vê por aqui que a melissa local são os crocs!! Agradece a Deus e ao bom senso de ter trazido todas as roupinhas de verão!! Vê uma galera com máquinas fotográficas fantásticas penduradas no pescoço numa boa, sem medo. Ipod e outros Apple stuff aqui são comuns e todos usam despreocupados. Bom demais!

Uma coisa eu diria pra prestar atencão: comer na rua aqui não é caro. E tem uma variedade incrível e encantadora de cheiros, sabores, origens. Mas é preciso lembrar que almoço mais jantar dá no mínimo uns 10 a 20 dólares (sempre pode sair mais caro, claro) e que se a gente reparar isso perfaz um total de 300 a 600 dólares gasto no mês só com adubo (que é o que a comida vira, né, gente?) Então, ensaiem cozinhar um pouquinho se tiverem um budget apertado como eu. E a gente acha coisa muito boa pra fazer comidinha aqui!

Coisas que eu não acho fácil por aqui e gostaria de ter trazido?
- Dove... aqui tem, mas é mais caro que no Brasil tanto no valor relativo como no absoluto. Eu detestava esse sabonete, me deixava grudenta no pós-banho, mas aqui a pele esfarela de tão seca.
- Hidratante Nivea a Johnson's pro corpo... quando acho, o que é raro, é caro. Tem marcas locais caras, mas acabo ficando naqueles hidratantes "quebra-galho"da Dolarama. Atende.
- Meus talheres Tramontina... totalmente BBB e vem naqueles potinhos... poutz, nada similar aqui. Tem bonito e tem feio. Barato e caro respectivamente.
- Aquelas frigideiras Tramontina com desenhos, arte... um luxinho e superacessível. Aqui fica no mesmo esquema dos talheres...

Hoje terminou mais uma etapa de coisas com o MICC. Cada vez mais sou eu por minha conta. Vai dando uma alegria e uma apreensão. Mas daí vem um pôr de sol lindo, uma sessão de beijos nos meus filhos de 4 patas... um suspiro e vou dormir feliz.

Aliás, comentário que só imigrante faz: hoje teve um tremor de terra enquanto estava no MICC. Bicho, que coisa mais doida a terra tremer por longos minutos!!!

Beijos a todos! Como dizia meu terapeuta, de quem sinto uma falta danada (como amigo, não mais como profissional): Celebrem a vida. Sejam Felizes!