Chegando em Montréal

Como prometido, vou comentar algumas coisas desse processo todo de chegada. Claro que a experiência de cada um pode variar bastante, então, não tomem meu blog como a verdade absoluta, apenas como uma possibilidade, ok?

Vamos aos fatos: indo do Rio pra Montreal a maioria das pessoas fará a via crucis TAM - Air Canada. Primeiro, solicitei minha reserva _ e compra _ com a Air Canada. Solicitei a cortesia da 3a mala e fui atendida, mas acho que só consegui porque paguei tarifa cheia. De todo modo, solicitem e, se for concedido, peçam que isso apareça no e-ticket. Com o registro no e-ticket a TAM me concedeu a franquia de três, em vez de o comum, que são duas malas. Como entulhei 4 malas, tive que pagar mais uma. Nessa hora, um à parte: excedi em 3 malas o peso de 32kg. A política nessa hora é ser OBRIGADO a esvaziar cada uma delas até não mais passar de 32kg. Digamos que você pode levar 10 malas de 3 quilos, mas não pode levar uma de 32,5kg. Tive MUITA sorte e, literalmente, chororô, pra ser liberada, pois as minhas 3 malas restantes estava na casa dos 35 quilos. CUIDADO! Podem não ser tão bonzinhos com vocês.

Como a viagem é longa demais, nem pense que terá um sono reparador, mas eis uma dica: recline a mesinha da frente quando não estiver mais aguentando recostar-se. Assim você pode esticar a colunas um pouco e fingir que está de bruços. Ao menos foi o que fiz. Afinal, pra piorar, já vão mesmo te acordar às 4 da matina pra comer...

Quando chegar em Toronto o processo é assim: fila de imigração convencional. São aquelas cabines em que a gente forma várias filas, do turista ao residente e cidadão. Dali a gente sai para uma cabinezinha imediatamente à direita. Nela há a bandeirinha do Canadá e fica escrito Immigration. Lá você apresenta o passaporte mais uma vez e também aquele papel grande, com foto, em várias vias. É hora de dar um endereço, se tiver. Se não tiver, como foi o meu caso, vai ter que mandar depois em um formulário, por fax. Mas em toda Depaneur por cá tem fax, então espero que seja tranquilo.

Bom, passada essa etapa, você desce e observa no painel de onde veio a sua mala, pra ir na esteira certa. Tenha muitas notas de 1 dólar, ou moedas de 1 ou 2 dólares, pois cada carrinho custa 2 dólares e sem eles é sofrido. E é nesse momento que aparecem uns tiozinhos, no meu caso um indiano tosco, que querem ajudar e nos dar volta. Se você não estiver só... nem pense em aceitar os serviços deles. Custa 10 dólares a cada 3 malas e eles ficam desaparecendo pelo aeroporto, pois atendem várias pessoas ao mesmo tempo. E depois que ele pega suas malas você tem que seguir com ele.

Quem faz conexão, como eu fiz, vai andar adiante e ser desviado para a esquerda, pra fazer inspeção de bagagem se houver coisas a declarar (a gente preenche um papel no vôo), como jóias, equipamentos eletrônicos e animais no vôo. Tirando os animais, os outros itens podem ser ignorados. Dali o oficial nos despacha pra mandar as malas pra conexão e, em geral, seguimos à esquerda desse local para o segundo andar, onde são feitas as conexões para Montreal.

A partir daí a gente já sabe o final: pegar as malas na esteira correta e zarpar pro lugar de destino. No meu caso, estou no Berri até metade desta semana e vou aproveitar aqui pra fazer uma resenha dele:

Berri Suites, fica na Rue Berri 1085. A Natalie, que só fala inglês, é uma jovem senhora minúscula e simpática que faz o possível para sermos bem atendidos. Aqui é relativamente barato, mas feio e velho. Não é exatamente sujo, apesar do aspecto. Tem lavanderia comunitária e muita, muita escada. Tem a facilidade de estar do lado de uma Commission Scolaire, de ser perto de onde se pode tirar NAS e NAM, além de ser do lado da Garre Maisonneuve, terminal de onde sai e se compra bilhete de muitos ônibus, principalmente o 747, que leva ao aeroporto. Também tem mais um ponto maravilhoso na localização que é a estação de metrô Berri-UQÀM, que integra as linhas verde, laranja e amarela. Com todas essas facilidades a tentação é grande, mas eu avisaria que não achei legal pra passar muito tempo. Os studios são bem pequenos e, como têm essa aparência esquisita a gente se sente meio deprê. Mas acho que tem seu valor, até porque a gente acha muito brazuca aqui e é um lugar que acho que só não aceita cachorro grande, porque de resto... pas de problème! Eles reservam por email e tem que pagar 50 dólares antecipados por paypal, que já contam como parte da graninha que será paga pela estadia. E mais: a gente paga o restante logo que chega, preenche a ficha e entrega o passaporte para cópia.

Boa sorte a quem está vindo!!!