Antes de falar de Montreal, vou falar aqui de pessoas. Essa galerinha dos blogs que agora já são rostinhos (alguns) pra mim. Queridos, vocês são demais! A gente se prepara, fica ansioso, faz checklist, mas quando chega aqui fica desnorteada, especialmente quem vem só. Minha dica é: comunique-se pra não se trumbicar. Obrigada a todos que com suas dicas, carinhos e açõoes fizeram minha sexta e sábado muito acolhedores. Estava bem abalada da chegada, repensando tantas coisas! Parecia adolescente impulsiva. Mas a farrinha na casa da Lapin Mère, da Patinha, dos fofos pais do Tron e Cristal, ouvir um portuguêizinho, trocar energia gostosa, conhecer os recém chegados de Manaus, a família da Bea (sem muitos nomes que o blog é aberto)... foi tudo MUITO bom e no domingo eu já era outra pessoa!
Bom, não me impressionei com a chegada. Ainda não me impressionei com Montreal num nível visceral. Isso porque não há nada aqui que eu já não tenha visto similar em viagens a outros lugares. Mas a cidade é bonita, é organizada, é segura e é sim acolhedora. A gente é prestativa, também, até agora. Domingo e hoje vim fazendo tudo a conta-gotas pra descobrir a cidade. E assim me sentir mais confortável. E me sinto! Você começa, se se permitir, a perceber rápido que a cidade quase toda é em quadras bem formadas, que ruas como a Berri, a Maisonneuve, a Sainte-Catherine são ruas para nos guiar. Cortam Montreal e são excelentes referências. A Sainte-Catherine, inclusive, tem em quase toda quadra uma casa de câmbio (e você pode trocar mil dólares lá com segurança) e muito comércio. Os metrôs como Atwater e McGill deixando a um passo da Futureshop e muitas outras coisas. Da Futureshop já adianto que dá pra sair de lá com um mini-laptop do bão com 500 dólares. E quem não tiver o seu recomendo, pois aqui tem wireless em tudo quanto é lugar e dependemos muito de internet pra tudo, especialmente sendo uma nouvelle arrivante. Aliás, preciosas dicas da trupa da Vanessa e Milene.
E o clima está lindo! Gostoso, mesmo, mas infelizmente agora promete esquentar! Pra quem vem do Rio ou de Manaus nem liguem quando dizem que vai ficar úmido, pois pra eles está superúmido e nem chegou a 50% de umidade relativa do ar...
Sinto falta de ter os marcadores de temperatura que temos aos tubos no Rio. Ainda mais considerando a cidade aqui e seu clima! Mas a gente se habitua e todo dia de manhã checa o weather forecast pra cá que fica tudo certo.
Quanto ao comércio, tem de tudo, a gente só tem que se acostumar a novos nomes, e mesmo a coisas completamente novas, como casa de chá. As comidas são ótimas, os preços acessíveis e quem cozinha em casa economiza MUITO. As lojas abrem de domingo a domingo, o que me deixou feliz, pois achava que não era assim. Muitas funcionam pra lá das 5 da tarde. Pra quem vem do Rio e gostava dos supermercados Zona Sul, recomendo o IGA. É a versão montréalaise dele! Mas como sua versão, não é tão acessível como um Provigo ou outro mini-mercados bem locais.
Aqui é bacana, certamente vale a experiênciia. A gente escuta de todas as línguas, começa frase em francês e termina em inglês, compra ávida o milho e descobre que ele é MUITO doce, tem que apostar em novas marcas de xampu pois não tem o que eu gostava, vê gente de todos os tipos na rua, sofre com o francês local, dá valor a moedas de 1 centavo e RECEBE troco com elas!
Passada a angústia da chegada eu confesso que acredito que vim aqui fazer algo de bom da minha vida. Afinal, não deixei pra trás tanto conforto e amores pra não ficar no mínimo, muito bem por cá!
:)