sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Vitórias

É curioso: quando entramos em um ciclo de vitórias elas vão alimentando umas as outras, vão abrindo espaços pra questionamentos e escolhas. E nos mostram visões da realidade que por vezes não conseguimos enxergar com clareza. ESPECIALMENTE sobre nós mesmos.

Acabei de ser promovida. Faltam pouco mais de 6 meses pra partir (espero!!!) e recebi uma promoção muito boa. Trabalho com desenvolvimento de software e cheguei em um posto muito bom: arquiteta de sistemas. Eu decido o que fazer e como, o rumo técnico do projeto passa a ser minha responsabilidade. Uma baita responsabilidade!! Na empresa alemã em que trabalho a sigla é PJI (Engenheiro de Projetos, em alemão). É uma posição glamurosa e árdua!
:)

Fico feliz. Sei que vou deixar a informática. Talvez ainda trabalhe com isso no meu recomeço no Québec, mas não por muito mais tempo. Mas é maravilhoso ter essa sensação de que vou sair no auge. Ainda mais eu, que já me acreditava sem forças, saturada. Sinto-me uma atleta do intelecto e tecnologia!! Poucas mulheres conseguem cargos de confiança puramente técnicos. Já posso dizer que sou uma delas. O orgulho não é a melhor sensação do mundo, mas me permito meus 5 minutinhos de fama aqui... afinal, será só recomeço e anonimato lá em Montréal.

Bisous
P

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Correndo pro bicho não pegar

Pra quem não sabe, sou corredora recente. Iniciei na atividade em fevereiro deste ano e no meio dele acabei parando por mais de um mês por conta de um problema no pé (nada relacionado ao esporte) que me fez ficar de molho...
Voltei há poucos meses e já participei de algumas corridas de rua, sozinha e em equipe. Sou realmente iniciante, não nego. Corro no máximo 8km. É tudo divertido e maravilhoso, um esporte encantador. Traz sensação de liberdade, traz um bem-estar fenomenal. E o vento batendo no rosto... uau!

Pois é. Assino uma revista de qualidade para a prática da corrida e, qual não foi a enorme tristeza ao ver que veio uma matéria com dicas de segurança na corrida. Não tem a ver com uso de um bom tênis, uso do frequencímetro nem nada. São dicas sobre como, quando e onde correr pra não ser atacado, assaltado, etc. Não é triste isso? Parques, cidades universitárias, praticamente tudo com baixo policiamente e altos índices de criminalidade. Correr à noite (opção de quem trabalha na maioria das vezes) é praticamente impossível em alguns pontos de Rio, Sampa e BH. E para as mulheres, dicas "especiais": não usar roupas femininas, prender os cabelos em boné, usar óculos escuros.

A reportagem me deixou deveras triste. Desnecessário comentar muito. Eu não vejo a hora de correr com um pouco mais de segurança nos inúmeros parques e mesmo pelas lindas ruas dos bairros que temos por Montréal. Correr feminina, porque tenho o direito. Correr feliz.

Enfim! Que bom estou cuidando do coração na corrida e isso me salvou de quase ter um ataque ao ver que os irmãos de jornada de fevereira já estão sendo chamados a fazer os exames!!
:D

É o Québec mais pertinho já pra alguns!